sexta-feira, 23 de maio de 2014

Em nome do Filho

Elas abriram mão de suas carreiras profissionais para serem mães de tempo integral e não se sentem culpadas por isso.

São mulheres que começaram cedo suas carreiras acadêmicas e profissionais, gostavam do que faziam e se sentiam realizadas. Mas o apelo da maternidade foi mais forte na vida delas.
“Eu não tinha como explicar minha ausência pra ele e que as escolas não são tão estruturadas para cuidar de um recém nascido, decidi sair e cuidar dele” ,afirma Elisa Miranda, 27 anos formada em Relações Públicas e que trabalha desde os 17 anos.

“Desde o nascimento de seu filho Eduardo, ela se tornou mãe de tempo integral e sua rotina agora é voltada para as necessidades do filho e de sua casa.” Me preocupo em manter a casa organizada, cuido da alimentação de todos para que tenha legumes e suco natural todos os dias. Levo meu filho no parquinho todas às tardes. Alguns dias da semana a gente passeia,no shopping, casa de familiares, nos parques,enfim, minha rotina é super tranquila. Como toda mãe, cuido mais de todos do que de mim, mas isso é algo natural, a gente não consegue mudar. Incluo na minha rotina meus cuidados pessoais sim, mas se não der tempo, paciência.

(Elisa na sua formatura de Relações Públicas com seu filho Eduardo Fonte: Arquivo Pessoal)

Por considerar que os primeiros anos de vida são fundamentais. Elisa acredita que é importante, participar ativamente de cada momento da vida de seu filho. Participar ativamente de todos os momentos não existe dinheiro que pague. Hoje, meu filho tem 2 anos e sei que fiz a melhor escolha. Durante todo esse período, ele ficou poucas vezes doente e é uma criança super segura porque sabe que vai ter sempre meu amparo.”

Sempre preocupada com o desenvolvimento de seu filho ela começará um trabalho “Home Office” e ele ficará algumas horas na escolinha. “Acredito que chega um momento que é importante a criança se desenvolver e a mãe ter outras atividades que não envolvem apenas a casa e os filhos.

Para o futuro, ela acredita que vá continuar investindo no seu desenvolvimento profissional
“Chega um momento que a criança exige mais atividades e tem muita sede de aprender, talvez em casa ela seja privada desse desenvolvimento. Também penso que filhos crescem, e as mães precisam ter um “rumo”.

                                        (Elisa atuando como comissária Foto: Arquivo Pessoal)
                                               
No dilema entre  “voar ou ninar”  a comissária de voo da Tam Elisa Englert Bentim, gaúcha de 22 anos de idade e atualmente morando na cidade americana de  Salt Lake City, ficou com a segunda opção.
O curso preparatório foi de 4 meses mas tive que pagar um uniforme pra usar durante as aulas. Eu morava em Porto Alegre e as seleções eram em São Paulo. Além de tempo o dinheiro da passagem era meu. Isso foi um dos fatores que fez eu me prometer: "Mesmo se eu tiver outra profissão eu vou primeiro receber de volta o que eu investi nessa."

 Mas com tudo isso o chamado da maternidade falou mais alto.Ao engravidar da sua filha,Elisa teve que abrir mão da carreira recém abraçada e de uma ótima remuneração profissional.
“A vontade era maior  de estar ao lado da minha filha nos momentos que não se prevê a data, como os primeiros passos”.
Hoje sua rotina se resume em cuidar sua filha de 9 meses,da casa e de tudo que o marido não possa resolver já que ele trabalha e é estudante universitário.
Mas ela ainda deseja alçar vôos altos seja como mãe,como estudante universitária ou quem sabe pelos céus outra vez.
                                                    (Elisa e sua filha Fonte: Arquivo Pessoal)

Já para Daniele Szymanski Freitas,31 anos,de Porto Alegre mãe de 4 filhos,  o sonho de construir uma família,ter filhos e cuidar deles sempre esteve presente em sua vida.Mas isso não a impediu de ingressar na Universidade Federal  (UFRGS) aos 17 anos,se formar e até mesmo começar um segundo curso e quando nasceram os filhos se tornou uma mãe de tempo integral.
 
Eu sempre desejei ter uma família, ter filhos. E mesmo antes de saber quem seria o marido, já tinha a decisão tomada de que não iria trabalhar depois que começasse a ter filhos. Lógico que casei com alguém que apoiou minha decisão.”
Perguntada sobre se sentia realizada respondeu: A faculdade e a vida profissional caminharam juntas em minha vida antes dos filhos. Sempre gostei do que fiz, me sentia competente, feliz com as conquistas que realizava a cada desafio acadêmico ou profissional”

Mas ao mesmo tempo ela afirma: "Também me sinto realizada no meu dia-a-dia. Enquanto meu filhos ainda são pequenos, não penso em nada diferente de me dedicar integralmente a eles. Pretendo voltar assim que possível a estudar. Como quero me voltar para a área da educação, tenho sim vontade de no futuro, se surgir a oportunidade, usar algumas horas do meu dia para dar aulas."
                                            (Daniele e sua Família Fonte: Arquivo Pessoal)

Profissionais ou mães de tempo integral o importante é que mães e filhos tenham uma relação saudável em que ambos estejam satisfeitos.
                                                                               
                                                                                                                        Por Melissa Renz

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