Elas abriram
mão de suas carreiras profissionais para serem mães de tempo integral e não se
sentem culpadas por isso.
São mulheres que começaram cedo suas carreiras acadêmicas e profissionais, gostavam do que faziam e se sentiam realizadas. Mas o apelo da maternidade foi mais forte na vida delas.
“Eu não tinha como
explicar minha ausência pra ele e que as escolas não são tão estruturadas para
cuidar de um recém nascido, decidi sair e cuidar dele” ,afirma Elisa
Miranda, 27 anos formada em Relações Públicas e que trabalha desde os 17 anos.
“Desde o nascimento de seu filho Eduardo, ela se tornou mãe de tempo
integral e sua rotina agora é voltada para as necessidades do filho e de sua
casa.” Me preocupo em manter a casa
organizada, cuido da alimentação de todos para que tenha legumes e suco natural
todos os dias. Levo meu filho no parquinho todas às tardes. Alguns dias da
semana a gente passeia,no shopping, casa de familiares, nos parques,enfim, minha rotina
é super tranquila. Como toda mãe, cuido mais de todos do que de mim, mas isso é algo natural, a gente não consegue mudar. Incluo na minha rotina meus cuidados pessoais sim, mas se não der tempo, paciência.
“A vontade era
maior de estar ao lado da minha filha
nos momentos que não se prevê a data, como os primeiros passos”.
Hoje sua rotina se resume em cuidar sua filha de 9 meses,da casa e de
tudo que o marido não possa resolver já que ele trabalha e é estudante
universitário.
Mas ela ainda deseja alçar vôos altos seja como mãe,como estudante universitária
ou quem sabe pelos céus outra vez.
(Elisa e sua filha Fonte: Arquivo Pessoal)
Já para Daniele Szymanski Freitas,31 anos,de Porto Alegre mãe de 4
filhos, o sonho de construir
uma família,ter filhos e cuidar deles sempre esteve presente em sua vida.Mas
isso não a impediu de ingressar na Universidade Federal (UFRGS) aos 17 anos,se formar e até mesmo
começar um segundo curso e quando nasceram os filhos se tornou uma mãe de tempo
integral.
“Eu
sempre desejei ter uma família, ter filhos. E mesmo antes de saber quem seria o
marido, já tinha a decisão tomada de que não iria trabalhar depois que
começasse a ter filhos. Lógico que casei com alguém que apoiou minha decisão.”
Perguntada sobre se sentia realizada respondeu: “A faculdade e a
vida profissional caminharam juntas em minha vida antes dos filhos. Sempre
gostei do que fiz, me sentia competente, feliz com as conquistas que realizava
a cada desafio acadêmico ou profissional”
Mas ao mesmo tempo ela afirma: "Também me sinto realizada no meu dia-a-dia. Enquanto meu filhos ainda são
pequenos, não penso em nada diferente de me dedicar integralmente a eles.
Pretendo voltar assim que possível a estudar. Como quero me voltar para a área
da educação, tenho sim vontade de no futuro, se surgir a oportunidade, usar
algumas horas do meu dia para dar aulas."
(Daniele e sua Família Fonte: Arquivo Pessoal)
Profissionais ou mães de tempo integral o importante é que mães e filhos
tenham uma relação saudável em que ambos estejam satisfeitos.
Por Melissa Renz
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