sexta-feira, 30 de maio de 2014

OS CAMINHOS QUE LEVAM AO HEXA


A copa do mundo de futebol é o maior evento do mundo da bola existente no planeta. Este evento foi criado em 1930, ano em que aconteceu a primeira Copa do Mundo de futebol, desde de lá para cá, de quatro em quatro anos, a Fifa escolhe um país para sediar a Evento. Todos nós sabemos que este ano a Copa do Mundo será no Brasil. Mas você sabe como e porque o Brasil pode ser Hexa? Veja agora como o Brasil fez para chegar em 2014 com o sonho do Hexa.

COPA DE 1930 (Uruguai)
A Copa do Mundo de 1930 foi a primeira Copa do Mundo da história, a copa está que teve 13 países participantes. Jogando em casa o Uruguai foi o primeiro Campeão mundial, vencendo na final a Argentina por 4-2. O primeiro gol do Brasil em copas foi em 1930 marcado por Preguinho. A nossa seleção fez apenas dois jogos nesta copa, venceu a Bolívia por 4-0, e perdeu para a Iugoslávia por 2-1.

COPA DE 1950 (Brasil)
Em 1950 o Brasil foi o país sede do mundial, a copa teve 13 países, já que a Índia desistiu de participar. Jogando em casa o Brasil estava invicto na copa do mundo até o último jogo do Quadrangular final, foi quando Ghiggia e companhia entraram no caminho do Brasil e ajudaram o Uruguai a vencer o jogo por 2-1, jogo mais conhecido como Maracanaço, com a vitória os uruguaios conquistaram seu primeiro título e o Brasil caiu em casa para um público de 179.000 pessoas um recorde até hoje em finais de Copa do Mundo.

COPA DE 1958 (Brasil)
Na copa de 58, entrava em campo um menino de 17 anos chamado Pelé, saía do bando de reservas para acabar com os Galeses e na final encantar os Suecos. O Brasil bateu a Suécia na final por 5-2, o artilheiro da copa foi Fontaine da França que marcou 13 gols. Este era o primeiro título mundial do Brasil no Futebol começando uma série de conquistas que é a maior entre as seleções.

Foto:  www.campeonesdofutebol.com.br


COPA DE 1962(Chile)
Em 1962, Pelé se machucou mas seu substituto foi Garrincha, o craque das pernas tortas carregou o Brasil na copa. Na final o Brasil aplicou um sonoro 3-1 sobre a Tchecoslováquia e se tornava Bi Campeão mundial.

foto: www.mochileiro.tur.br


COPA DE 1970 (México)
O mais perfeitos dos times que o Brasil já teve, com destaque para os cincos camisas dez de Zagallo (Pelé, Rivelino, Gérson, tostão e Jairzinho) com está verdadeira máquina o Brasil foi arrasador vencendo; Tchecoslováquia, Inglaterra e Romênia na fase de Grupo e nos mata- matas os brasileiros venceram; Peru, Uruguai e Itália na Final com um placar de 4-1, e encantando os Mexicanos e o mundo no Azteca, esta seleção definitivamente entrou para história do futebol mundial.

Foto:  www.mochileiro.tur.br


COPA DE 1994 (EUA)
Após um fila de títulos que durava 24 anos, o Brasil voltou a estar no primeiro lugar das copas. Romário, Bebeto e companhia brilharam, e o Brasil conquistou seu Tetra Campeonato nos Estados Unidos. Na final o Brasil venceu a Itália nos pênaltis por 4-2, brilhando a estrela do goleiro Taffarel.

Foto: reflexoeseneias.worldpress.com 


COPA DE 1998 (França)
Na França nascia um fenômeno chamado Ronaldo, mas uma crise debilitou o craque que não foi bem na final e de quebra abalou todo o Time. A França de Zidane venceu com autoridade na Final o Brasil por 3-1 e foi campeã em casa para a alegrias dos torcedores franceses.

COPA DE 2002 (Japão e Coréia do Sul)
Na terra do sol nascente, o mundo viu a Família Scolari ser campeã invicta. Na fase de grupos o Brasil venceu, Turquia, Costa Rica e China. Nas oitavas de Finais a vítima foi a Bélgica. Nas Quartas de Finais Ronaldinho Gaúcho fez um golaço e o Brasil venceu por 2-1 a Inglaterra. Nas semi-Finais, novamente a Turquia, e mais uma vitória da até então criticada seleção brasileira. Na final, nossa seleção bateu a Alemanha por 2-0, Conquistando o Penta Campeonato, e de quebra conseguiu o renascimento de Ronaldo que foi o Artilheiro da copa.

Foto: cultarafc.wordpress.com


Nas copas de 2006 na Alemanha e 2010 na África do Sul, o Brasil caiu nas Quartas de Finais, e a cada derrota adiava o Sonho do Hexa campeonato por mais quatro anos. Mas agora em 2014 jogando em casa e com a torcida do seu lado a seleção quer vencer a copa e ficar com o tão sonhado Hexa Campeonato.




Por Paulo Nunes

terça-feira, 27 de maio de 2014

O 1º dia das Mães

Mamãe Aline e a filha Antônia

O milagre chamado Antônia

Aline de Souza, 36 anos, é instrutora de cabeleireira. Casada há 9 anos com Marcio Souza, Aline e seu marido já haviam realizado algumas conquistas pessoais, como casa própria, carro e condições financeiras. Em 2012 foi quando surgiu o desejo de ser mãe. E foi neste ano que Aline teve sua primeira gestação. Foi um momento de muita felicidade, mas que, infelizmente, não durou muito tempo. Depois de 3 meses, quando no momento em que realizava a ecografia, descobriu que havia sofrido um aborto retido, ou seja, o embrião se desmanchou no útero.

“Foi um sofrimento para mim. Tive que esperar 15 dias até o feto sair espontaneamente do meu útero, sentia dores e tinha sangramento. Passei uma experiência muito complicada enquanto estava no hospital, onde precisava ficar cerca de 10 horas em tratamento. Era triste ver outras mulheres chegando com dores do parto e, em pouco tempo, com seus bebês no colo. Eu apenas sentia as dores do parto, mas não teria meu filho nos braços, relata Aline.

Mesmo com a experiência traumática, Aline ainda sentia a vontade de ser mãe. Prosseguiu com o tratamento com a sua médica, mas acreditava que o mundo espiritual queria romper o seu sonho. Fez um propósito com Deus durante 4 meses. Renunciou arroz e refrigerante para chamar a atenção de Deus. “Todo mundo sabe como se engravida, mas no mundo espiritual eu precisava de uma benção maior”, diz.

E o milagre esperado aconteceu. Aline foi até a Igreja que frequenta, em Gravataí. Neste dia, havia um Missionário, que era do Peru, que convidou todos que estavam no local para se aproximarem. Colocou a mão na barriga de Aline e orou. Logo após a oração, Aline questionou porquê ele tinha tomado tal atitude. Sem saber absolutamente nada sobre ela, e ele lhe disse: “Deus mandou profetizar cura e um ventre fértil”.

Aline saiu acreditando que Deus havia curado seu útero. E após 15 dias, ela descobriu que estava grávida de Antônia, que hoje tem 1 mês de vida. Aline relata que a vinda da filha é a prova de que Deus existe e faz transformações na vida das pessoas: “Sonhos são reais e possíveis. Antônia nasceu linda e saudável. É uma benção. Cada vez que acordo e olho pra ela vejo um milagre. É uma experiência maravilhosa tanto para mim como para o meu marido. Um filho muda muita coisa, dormimos e comemos menos, não vivemos mais para nós e sim cuidando dela”.

Por Jennifer Van Leeuven

domingo, 25 de maio de 2014

Maternidade Depois dos 40

Por Daniela Fernandes

Elas querem garantir uma vida profissional de sucesso antes de pensar em filhos, este é o pensamento da maioria das mulheres que decidem engravidar depois dos 40 anos.

Antigamente as famílias eram formadas muito cedo, a mulher, muitas vezes ainda adolescente cuidava da casa e dos filhos, enquanto o marido saía atrás do sustento. Hoje elas estudam, trabalham e depois de tudo estabilizado elas decidem formar família, com mais maturidade e mais dinheiro no bolso. O que parece ser uma grande vantagem tem seus contras, engravidar depois dos 35 anos já não é tão fácil como aos 20. Dados da SBRA (Sociedade Brasileira de Reprodução Assistida) mostram que o número de mulheres acima de 40 anos que buscam tratamentos para engravidar dobrou nos últimos anos, segundo a entidade, essa busca está relacionada à nova realidade da mulher, que é bem sucedida, mas que não deixa de realizar o sonho de ser mãe, a taxa de fertilidade começa a cair depois dos 25 anos, aos 40 a dificuldade é bem maior, os óvulos perdem a qualidade, quanto mais perto da menopausa, mais riscos há para a mãe e para o bebê, se a mulher sofre de hipertensão ou diabetes a gravidez pode ser ainda mais complicada. Em contrapartida, alguns estudos comprovam algo que é até óbvio, mulheres mais velhas em geral tem mais sabedoria do que as mais jovens, tomam decisões melhores em relação à  educação e cuidados com os filhos. Psicólogos e especialistas também concordam que pais mais velhos são mais atenciosos que casais mais jovens e tendem a terem filhos mais saudáveis e tranquilos, devido a paciência e cuidados com alimentação.
Relembre algumas famosas, exemplos de maternidade na maturidade:

Carla Marins, gravidou naturalmente e foi mãe de Leon aos 40 anos.
(Foto: Ag News)

Mariah Carey desenvolveu diabetes durante a gestação de gêmeos aos 41 anos.
(Foto: Getty Images)

Carla Burni, casada com o ex-presidente francês Nicolas Sarcozy, teve seu primeiro filho aos 43 anos.
(Foto: Divulgação)

Solange Couto engravidou naturalmente aos 54 anos, quando menos esperava, tendo uma gestação tranquila.
(Foto: Divulgação)
O que se pode dizer, é que seja qual for a idade, a gestação é um momento muito especial na vida de qualquer mulher, um momento único, cheio de expectativas, dúvidas e muito encanto.


sexta-feira, 23 de maio de 2014

Filhos Embalados pelos Vícios

Por Graziella Santos 

Elas nunca compraram uma única fralda, bico, roupinha de bebê, ou até mesmo planejaram realizar o tradicional chá de fralda, mas tiveram suas vidas destruídas pelas drogas. São mães acorrentadas aos vícios e filhos que nascem embalados para um destino incerto. Este é o retrato de muitas famílias em todo o Brasil e no Rio Grande do Sul a droga tem sobrecarregado o sistema público de acolhimento do Rio Grande do Sul.

A droga tira a capacidade de raciocínio do ser humano, a pessoa perde o controle de seus atos, no caso das mulheres impacta também no emocional. Em alguns casos mães usuárias deixam seus filhos abandonados ainda na maternidade.  Segundo um estudo realizado pelo Hospital Presidente Vargas, aponta que muitas viciadas não têm apego pelo bebê. A maioria das mulheres tem pressa para sair da maternidade e sustentar o seu vicio e deixam os seus filhos abandonados.

Realidade parecida com a história da  advogada Nádia Oliveira, 33 anos, relata que trilhou caminhos bem difíceis, desde muito cedo começou a  fumar e a consumir todos os tipos de bebidas alcoólicas. Depois vieram as drogas, a vida errada e começou a piorar o seu relacionamento com a família, não desenvolvia na vida profissional. Envolveu-se com pessoas, situações e relacionamentos errados e aos 24 anos estava com a vida destruída, sozinha , sem perspectivas e gravida.

Hoje ela Nádia tem motivo para sorrir
Mesmo em período de gestação, Nádia, relata que fumava maconha, cigarro, ingeria bebidas alcoólicas e também usava muito cocaína. A consequência disso tudo foram às complicações no parto que quase lhe custaram a vida.  Ela acrescenta que sua filha nasceu saudável por conta de Deus. Após passar por tudo isso, continuou no caminho dos vícios. Como relata: “Subia o morro, trazia drogas pra galera e sempre incentivava as amigas a experimentar. Não se importava se magoava as pessoas ou a sua família. Só pensava em mim mesma. Me tornei uma péssima mãe, estava sempre irritada e impaciente”.

Nádia e seu esposo Juliano ajudam outros jovens através do Projeto
Dose Mais Forte
Através da perseverança e também com o auxilio espiritual encontrado na Organização não governamental, Força Jovem UniversalGaúcha, iniciou uma nova caminhada, lutou e hoje tem uma nova vida. Está livre de todos os vícios há nove anos, atualmente é advogada, esposa, uma verdadeira mãe e ajuda outras mães e jovens que se encontram reféns dos vícios a serem resgatados desse caminho. 



Segundo dados da Fundação de Assistência e Cidadania, (FASC) de Porto Alegre nas 67 unidades, estão acolhidos 750 crianças e adolescentes. Sendo que 80% dos novos abrigados chegam por causa do uso de drogas pelas mães. As demais crianças e adolescentes estão na rede da Fundação de Proteção Especial do Rio Grande do Sul, a maioria são filhos de usuários de drogas, índice que aumento em 75% na faixa etária de crianças até dois anos. 



Em nome do Filho

Elas abriram mão de suas carreiras profissionais para serem mães de tempo integral e não se sentem culpadas por isso.

São mulheres que começaram cedo suas carreiras acadêmicas e profissionais, gostavam do que faziam e se sentiam realizadas. Mas o apelo da maternidade foi mais forte na vida delas.
“Eu não tinha como explicar minha ausência pra ele e que as escolas não são tão estruturadas para cuidar de um recém nascido, decidi sair e cuidar dele” ,afirma Elisa Miranda, 27 anos formada em Relações Públicas e que trabalha desde os 17 anos.

“Desde o nascimento de seu filho Eduardo, ela se tornou mãe de tempo integral e sua rotina agora é voltada para as necessidades do filho e de sua casa.” Me preocupo em manter a casa organizada, cuido da alimentação de todos para que tenha legumes e suco natural todos os dias. Levo meu filho no parquinho todas às tardes. Alguns dias da semana a gente passeia,no shopping, casa de familiares, nos parques,enfim, minha rotina é super tranquila. Como toda mãe, cuido mais de todos do que de mim, mas isso é algo natural, a gente não consegue mudar. Incluo na minha rotina meus cuidados pessoais sim, mas se não der tempo, paciência.

(Elisa na sua formatura de Relações Públicas com seu filho Eduardo Fonte: Arquivo Pessoal)

Por considerar que os primeiros anos de vida são fundamentais. Elisa acredita que é importante, participar ativamente de cada momento da vida de seu filho. Participar ativamente de todos os momentos não existe dinheiro que pague. Hoje, meu filho tem 2 anos e sei que fiz a melhor escolha. Durante todo esse período, ele ficou poucas vezes doente e é uma criança super segura porque sabe que vai ter sempre meu amparo.”

Sempre preocupada com o desenvolvimento de seu filho ela começará um trabalho “Home Office” e ele ficará algumas horas na escolinha. “Acredito que chega um momento que é importante a criança se desenvolver e a mãe ter outras atividades que não envolvem apenas a casa e os filhos.

Para o futuro, ela acredita que vá continuar investindo no seu desenvolvimento profissional
“Chega um momento que a criança exige mais atividades e tem muita sede de aprender, talvez em casa ela seja privada desse desenvolvimento. Também penso que filhos crescem, e as mães precisam ter um “rumo”.

                                        (Elisa atuando como comissária Foto: Arquivo Pessoal)
                                               
No dilema entre  “voar ou ninar”  a comissária de voo da Tam Elisa Englert Bentim, gaúcha de 22 anos de idade e atualmente morando na cidade americana de  Salt Lake City, ficou com a segunda opção.
O curso preparatório foi de 4 meses mas tive que pagar um uniforme pra usar durante as aulas. Eu morava em Porto Alegre e as seleções eram em São Paulo. Além de tempo o dinheiro da passagem era meu. Isso foi um dos fatores que fez eu me prometer: "Mesmo se eu tiver outra profissão eu vou primeiro receber de volta o que eu investi nessa."

 Mas com tudo isso o chamado da maternidade falou mais alto.Ao engravidar da sua filha,Elisa teve que abrir mão da carreira recém abraçada e de uma ótima remuneração profissional.
“A vontade era maior  de estar ao lado da minha filha nos momentos que não se prevê a data, como os primeiros passos”.
Hoje sua rotina se resume em cuidar sua filha de 9 meses,da casa e de tudo que o marido não possa resolver já que ele trabalha e é estudante universitário.
Mas ela ainda deseja alçar vôos altos seja como mãe,como estudante universitária ou quem sabe pelos céus outra vez.
                                                    (Elisa e sua filha Fonte: Arquivo Pessoal)

Já para Daniele Szymanski Freitas,31 anos,de Porto Alegre mãe de 4 filhos,  o sonho de construir uma família,ter filhos e cuidar deles sempre esteve presente em sua vida.Mas isso não a impediu de ingressar na Universidade Federal  (UFRGS) aos 17 anos,se formar e até mesmo começar um segundo curso e quando nasceram os filhos se tornou uma mãe de tempo integral.
 
Eu sempre desejei ter uma família, ter filhos. E mesmo antes de saber quem seria o marido, já tinha a decisão tomada de que não iria trabalhar depois que começasse a ter filhos. Lógico que casei com alguém que apoiou minha decisão.”
Perguntada sobre se sentia realizada respondeu: A faculdade e a vida profissional caminharam juntas em minha vida antes dos filhos. Sempre gostei do que fiz, me sentia competente, feliz com as conquistas que realizava a cada desafio acadêmico ou profissional”

Mas ao mesmo tempo ela afirma: "Também me sinto realizada no meu dia-a-dia. Enquanto meu filhos ainda são pequenos, não penso em nada diferente de me dedicar integralmente a eles. Pretendo voltar assim que possível a estudar. Como quero me voltar para a área da educação, tenho sim vontade de no futuro, se surgir a oportunidade, usar algumas horas do meu dia para dar aulas."
                                            (Daniele e sua Família Fonte: Arquivo Pessoal)

Profissionais ou mães de tempo integral o importante é que mães e filhos tenham uma relação saudável em que ambos estejam satisfeitos.
                                                                               
                                                                                                                        Por Melissa Renz

sábado, 3 de maio de 2014

#Somos todos macacos desta raça dita humana?

por Leandro Osório

Foto: Revista Veja | 2013
Desde pequeno somos educados por nossos pais e ensinados sobre o que é certo e errado - pelo menos deveríamos.
Uma pesquisa realizada com crianças (clique aqui e assista) coloca uma questão 'clara' sobre a educação que é enraizada desde o gatinhar mostrando que, até mesmo um vídeo contra o racismo, executa o ato nele próprio. Ou vocês viram alguma criança negra nele?

Uma sequência de atos do mais puro racismo vem sendo divulgado pela mídia deixando ainda mais evidente e complexo o combate contra o pré - conceito racial.
Fatos históricos comprovam que há séculos líderes e movimentos tentam de diversas formas substituir o termo Consciência Negra por Consciência Humana. Assim lutaram Malcom X na defesa dos direitos dos negros nos Estados Unidos e Nelson Mandela na África com o "Apartheid" e Martin Luther King pelos direitos civis (ambos na década de 1960) - enquanto aqui no Brasil, sentíamos o peso da ditadura.

Também li e relembrei da Teoria de Darwin que mostra a "evolução" da "raça humana" através dos primatas, vulgo macacos! - como se através desta pesquisa encontrasse a resposta para ditar o porquê de tantas ações racistas em meio de um mundo quiçá moderno.

 
Foto: Revista Veja | Maio 2014
Ouvi no rádio, assisti na TV e naveguei na internet acompanhando toda a repercussão sobre a reação do jogador Daniel Alves, lateral do Barcelona, que no jogo contra o Villareal (
27/04) sofreu uma agressão racista vinda, mais uma vez das arquibancas, quando uma banana foi jogada em campo contra o jogador. Curiosamente e com uma espetacular reação, Daniel Alves juntou a banana, descascou e a comeu.

Depois disso, nunca se viu, falou, leu, ouviu, postou ou "hashtagueou" tantas vezes o termo "RACISMO". Talvez lá na década de 60!
Rapidamente - e graças à ágil ação das redes sociais - um brado de "Chega de racismo!" atravessou continentes e abriu mais vez os olhos do mundo para esse mal da sociedade.

Em apoio ao colega de time o atacante Neymar lançou a hashtag #SOMOSTODOSMACACOS virando produto comercial e gerando revolta nas redes sociais.
Certa ação abriu os olhos de muita gente, principalmente no Brasil, onde milhares de brasileiros e algumas dezenas de celebridades postaram em seus perfis uma foto empunhando uma banana, inclusive o próprio Neymar.

Celebridades no Brasil e jogadores pelo mundo #SOMOSTODOSMACACOS

Por aqui, mais precisamente na comunidade negra gaúcha, opiniões divergiram e mostraram-se contra o modo de protesto 'comercial' #SOMOSTODOSMACACOS.
Veja alguns depoimentos abaixo:


FERNANDA CARVALHO - Jornalista, blogueira e apresentadora de TV
Já dizia minha vó que muito ajuda quem não atrapalha. Adorei a reação do Daniel Alves, mas essa campanha de "apoio" (?) não me representa!
#SomosTodosMacacosCoisaNenhuma#EuNãoSouMacaca

Lembram das manifestações pelo Brasil ano passado? Lembram que não era só pelos 20 centavos?? Então! Qual a dificuldade de ver o que está por trás de uma banana?!
#NãoÉSóUmaBanana #NãoSomosTodosMacacos #EuNãoSouMacaca

ADRIANO VIARO - Professor de História e pesquisador ativista
#EuNãoSouMacaco
"... - nem eu nem ninguém!"
E a subjetividade disso deve ser analisada sem deixar de contextualizar entre muitas coisas, a capa infame que a Revista Veja apresentou hoje. Lamentável!!!"
CARLOS MACIEL - Gerente Imobiliário
#EuNãoSouMacaco Não concordo com a campanha feita. Sou um homem, um ser humano, um negro. Lutei muito e luto por igualdade, mas não com campanhas e polêmicas em torno disso. Luto por igualdade trabalhando, sendo um cidadão de bem e mostrando a minha capacidade e competência. Independente da minha cor, sofri e sofro preconceitos todos os dias, dos brancos, e também dos negros que me acham metido e arrogante, pois trabalho de terno, gravata e vivo no meio da alta sociedade.

TAINARA CACERES - Estudante de Direito
#EuNãoSouMacaca #MacacoÉTeuPassado
Não gostei da campanha, considero que nos declararmos macacos não vai minimizar nem impedir atitudes racistas como essa.
 
CLARISSA LIMA - Jornalista e aprsentadora 
Bah, não me levem a mal, mas não vou postar fotos comendo banana e dizer "Todos somos macacos", pelo simples fato de que não me considero tal. Sou um ser humano e ponto final. Nem mesmo Darwin e sua questionável teoria da evolução me leva a crer nisso. Se o jogador Daniel comeu a banana em vez de se indignar é problema dele. Essa febre racista de associar negros a macacos eu não engulo! Só mudo de ideia se os jogadores brancos forem chamados de macaco na mesma proporção.

Fortalece o racismo e ainda ganha um bom dinheirinho....a campanha deveria ser #somostodosotarios

Charge da Edição do DRD, quarta-feira, 30/04/2014.


Afinal... que "RAÇA EU E VOCÊ" somos mesmo?!